Os equívocos do casamento gay

Comecemos pela própria definição do termo casamento: DIREITO, contrato civil celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família em conjunto; matrimônio. O objetivo do casamento é fundamentado, moral e eticamente na unção entre dois indivíduos que queiram, além de formar um patrimônio, procriar. Levando ainda em consideração a abordagem conservadora e religiosa imposta pelo casamento, a qual o casal deve se submeter a certas situações, elas fogem da realidade de um casal homossexual. Não me refiro à questão de procriação, mas à necessidade de um homossexual se submeter ao casamento contraria, em grande parte, uma série de conceitos antes defendidos por ele, bem como o conservadorismo. 

O casamento não envolve somente a questão da construção de um patrimônio, mas é, por contrato, dividido em funções pré-estabelecidas ao homem e a mulher, como a atuação de pai e mãe, que é um valor moral universal e não deve ser ignorado.

Ele não se baseia apenas na união de duas pessoas que se amam e que queiram construir uma vida juntas, é enraizada pela natureza humana. Não que o homossexualismo não seja algo natural, uma vez que é uma escolha pessoal, e não há nada de mais natural do que o próprio ser humano. Todavia, mesmo que a união civil não envolva a questão religiosa, o casamento em si é, primordialmente, religioso, portanto, mesmo que haja discordância ideológica, o primeiro passo para a conquista de um espaço é respeitar seus dogmas.

Não se pode afirmar que o casamento homossexual seja um direito civil, comparando-o a igualdade de raças ou preconceitos culturais existentes na sociedade, já que o assunto tratado é um comportamento sexual e requer, antes de tudo, consciência social para que uma transformação tão relevante ocorra na constituição.  

A “legalização” do casamento homossexual não é uma forma de expor ao mundo que a sociedade mudou, muito menos passar a ideia de um ideal social utópico, livre de preconceitos e pugnas sociais, raciais ou culturais. O respeito não pode ser conquistado pela imposição, uma vez que nada daquilo que é imposto costuma ser recebido com bons olhos. Além do mais, mais da metade dos homossexuais afirmam que são contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, e que seus objetivos ao transparecerem sua realidade ao mundo não é, enfaticamente, a união civil, e sim, a busca constante por uma sociedade justa, democrática e ética.

A questão é: o país em que vivemos, atualmente, não possui conhecimento, educação e/ou valores o suficiente para lidar com uma mudança tão radical. E independente de isso modificar diretamente a vida apenas de quem deseja consumar o ato, todos sofrem indiretamente com as consequências, sejam elas positivas ou negativas.


Além do mais, o casamento tem, ao longo dos anos, apresentando-se numa frequência cada vez menor para com a sociedade, e um detalhe tão superficial quanto esse não deveria ser responsável por mudanças tão esdrúxulas e instáveis. 

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