Querido pecado amado

Como um poema vem naturalmente
Assim flui a água ardente
Que na minh'alma, dolor
Faz do meu corpo teu calor.

De que importam os valores
Se dos amores quer a carne
A carne que cobre as dores

Das tantas cores de um sangue nobre.

Que desejo mais sombrio
Arranca da alma calafrio
Põe ao fogo o pecado
Errado, querido pecado amado.

Se o amor é tão julgado
Quero o ardor da tua face
O encaixe dos corpos, suados
E por tantos enamorados.

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