Poeta fingidor

O poeta sente tanto
Que chega a mentir
Mente que sente
Mente que chora
Finge que ama
Depois vai embora.

Um poeta fingidor

Não sabe que a dor
Discreta, formosa ardor
Vem da alma mais inglória
Que na flor da idade
Desconhece a liberdade.

O prisioneiro da verdade grita
"Deus me dê libertinagem"
E não tomes de mim a beleza
Valiosa destreza infinita
Que me cega, me derrota
Óh bela maldita!

Um poeta sonhador
Não teme a ignorância
Que na constância da mentira
Faz da verdade sentimento
Preso na mente
Perdido no vento.

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