Somente sente
Não quero carícias
Não quero abraços
Devoto às malícias de um breve afago.
Repudio o desejo
Ou a exatidão.
Pra que insistir
E fingir que existe
Uma história triste, de desejo e paixão?
Não quero abraços
Devoto às malícias de um breve afago.
Repudio o desejo
Ou a exatidão.
Pra que insistir
E fingir que existe
Uma história triste, de desejo e paixão?
E assim levo a vida
Vivendo, inglória
Maldita memória de um silêncio profundo
Fadado e imundo, na sombra sofrida.
Um verdadeiro poeta que não se descontente
De todos os amores, dores e fracassos
Dá-se por inteiro, de corpo e alma
Pois um poeta não se joga aos estilhaços
Por mais que seja diferente
Um poeta não mente
Um poeta somente sente.
Vivendo, inglória
Maldita memória de um silêncio profundo
Fadado e imundo, na sombra sofrida.
Um verdadeiro poeta que não se descontente
De todos os amores, dores e fracassos
Dá-se por inteiro, de corpo e alma
Pois um poeta não se joga aos estilhaços
Por mais que seja diferente
Um poeta não mente
Um poeta somente sente.