Uma linha tênue entre fé e religião

Já fazia um tempo que eu gostaria de escrever algo sobre isso, mas me faltava (e falta) inspiração. Dito isso não sei se é realmente algo que requer tal inspiração, uma vez que a razão nesse caso é predominante. A alguns anos atrás escrevi um texto falando sobre religião; palavras cruas e aleatórias exaltando a existência de um dado Deus com precisão. Mas minha opinião em relação a isso tem sido mudada, ou melhor, reformulada. Não discordo da existência de Deus, em hipótese alguma, mesmo que as vezes eu me dê a esse luxo. Mas religião é algo bastante comercial, digamos. 

Qual a necessidade de uma rixa entre igrejas que exalam e defendem a existência de um mesmo Deus? Porque ser condenado e fadado pelas mesmas, ao não agir de acordo com as normas exercidas por elas? Fé e religião, apesar de serem termos que andam juntos, não expressam o mesmo significado. Uma religião sem fé não é capaz de manter influência sobre seus seguidores; mas fé sem religião tende muito mais a se manter intacta do que se baseada na mesma. 

Ser católico, evangélico ou muçulmano, seguir os dogmas da igreja à risca, viver uma vida baseada no que fazer ou não por medo de ir contra àquilo que a Igreja prega não te faz melhor e mais fiel do que aquele que se baseia em seus próprios dogmas e em sua fé. 

O mundo não precisa de pessoas que exaltem um protótipo porque a sociedade os induziu a isso, mas sim de pessoas que façam e acreditem por si mesmas.

Postagens mais visitadas