Morena, doce Morena

Uma vez num relance qualquer
Helena ouviu falar de amor
Quem era essa flor, que desabrocha na alma aturdida 
E de tão perdida no mundo
Encontrou no clamor
Sua última saída?

Mal sabia Helena
Doce morena, que num dia comum
Acharia essa flor, raríssima esperança
E faria da solidão seu glamour
Como nenhum outrem nunca viu
Desde os tempos de criança.

Fantasiava tanto, que nem percebia
Seu futuro ali passava, mas Helena
Nem saber de amor ela queria
Seus planos, tão concretos e reais que davam medo
Só de pensar em desistir de tudo
Já achava um absurdo
Arrojar em querer essa tal regalia.

A menina dos livros então floresceu 
Como o pôr do sol poente 
A magia aconteceu
E pra achar não desistiu
Nem se quer deu-se ao trabalho
Pra que procurar?
Se tudo o que ela sempre quis
Era um amigo do peito
Que no mais desfeito conto
Ousou um dia amar.

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