Pragmatismo barato

E o sol da meia noite pairava
Exalando o calor dos corpos, depostos
Fadados ao escuro do eterno desterro
Culpados, dignos de seu próprio enterro. 

E como a morte, sonora orgia
Defuntos da alegria solevavam
Afogados no mar da fé
Mortos pela própria religião, choravam.

Alegres humanos patéticos
Tão cegos quanto a possibilidade de se enxergar no escuro
Céticos de filosofia barata
Vivendo a política fajuta
Levando uma vida pirata.

Tão mortos quanto um finado qualquer
Comercializados, traficantes de ideais
Monopolizados, alimentando a mentira perfeita
Desfeita pelo tempo
Que não tem mais tempo pra inventar.

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