Pelos Avessos

Teu corpo queima em brasa
e arde o véu do meu céu aturdido
perdido no espaço
um traço e meio
já é o começo
de um braço
te abraço.

Teu gosto bisonho atiça meu eu
que nasce entre as nuvens de um sol amarelo
e morre na noite
açoite da vida
sela o elo
do sonho
e da dor da partida.

A seresta que ecoa
já não toca
música lúdica 
só entoa.

Estrela cadente 
entorpecida
não sente.
No infinito brilhoso
limpa a alma 
e trás de volta a calma
serena, somente
paz inconsequente.

Entorpecer
entorpe-cer
ser
por você
ei de me refazer.

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