Poema (in)decente

faz-me versejar
como faz teu olhar, perdido
em mim se achar.
e desmorona tua lástima na minha pele nua
chama-me de tua
e tire suas vestes.
ah se pudesse eu
burguesa interiorana
abusar da tua alma insana
viver de brigas
e intrigas
que acabam no chão
(ou na cama).
enquanto sonho, do outro lado
vejo no espelho teu rosto amassado
e o que sobrou
daquele beijo roubado
que você nem mesmo ousou.  

Postagens mais visitadas