Poetisa

Das profundezas nasce o verso
Sublime.
Outrora abortado, 
Rejeitado pela aurora
Culpado de um crime 
Que nem sequer existe.
Mal vive a vida
e já desiste. 

Germina, nas entrelinhas
As palavras insistentes
Em tom feroz
no ouvido surdo
grita o mudo
Já não ouço sua voz.

Em perdição horrenda
o mar trás as estrelas
sua última oferenda.

E a poetisa
não o chão
mas o céu pisa.

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